7 características da nova economia mundial

DIWE
September 26, 2022
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08 minutos
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Inovação Corporativa

O artigo que você vai ler agora foi originalmente publicado pela Universidade de Queensland com o título original: 7 features of the new world economy. A tradução do conteúdo tem o objetivo de fornecer uma visão privilegiada sobre a nova economia, inovação e qual percepção diversos países têm a respeito dos termos e conceitos apresentados. Boa leitura!

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Forças internacionais estão reformulando o mundo dos negócios, mas também criando novas oportunidades e condições mais equitativas para as pequenas empresas.

Quando o atleta norte-americano Phil Knight decidiu montar um negócio de venda de tênis de corrida de alta qualidade no final da década de 1950, ele teve uma ideia brilhante – que a empresa seria mais competitiva se os tênis fossem fabricados no Japão.

Este foi um conceito que ele explorou em um paper escrito enquanto estudava para seu MBA na Universidade de Stanford. No entanto, as cartas de Knight para os fabricantes japoneses ficaram sem resposta. Ele e seu treinador de corrida Bill Bowerman, que se tornou seu parceiro de negócios, tiveram que começar vendendo sapatos de uma marca japonesa existente antes que pudessem providenciar a fabricação de seus próprios designs.

Knight e Bowerman estavam à frente de seu tempo. A fabricação no Japão ajudou sua empresa, a Nike, a se tornar um dos maiores fornecedores mundiais de calçados esportivos. Demorou 30 anos até que a maioria das outras empresas os entendessem e a terceirização se tornasse uma prática comercial comum.

As empresas de hoje podem terceirizar praticamente qualquer aspecto de sua operação – desde a fabricação e atendimento ao cliente até funções de gerenciamento. Estima-se que a receita global de terceirização ultrapassou US$ 510 bilhões em 2010.

De acordo com o professor Peter Liesch, especialista em negócios internacionais da UQ Business School, as mudanças nos padrões de produção estão mudando a natureza dos negócios. “As empresas podem acessar o mercado para adquirir capacidades produtivas de qualquer lugar do mundo, o que tem consequências na forma como as empresas são estruturadas. Você pode ter uma marca mundialmente famosa sem fabricar o produto”, afirma.

Embora a terceirização e o offshoring sejam uma característica da nova economia mundial, e agora haja o inshoring, o professor Liesch acredita que o conceito de “globalização” não conta a história completa sobre o que está acontecendo. Outros fatores entram em jogo. Economias de planejamento centralizado, como a antiga União Soviética, tornaram-se economias baseadas no mercado, assim como muitas outras, enquanto as barreiras ao comércio e ao investimento estão sendo derrubadas.

Há mais mercados agora do que nunca, mais estão sendo criados, com ainda mais por vir e um mercado mundial para transações de mercado está em vigor, como mostra a tendência de terceirização e offshoring. Os mercados que temos também são mais eficientes.

O professor Liesch diz: “Novos mercados estão sendo criados o tempo todo – na verdade, muito da atividade empreendedora é criar mercados que não existiam anteriormente. Por exemplo, a Amazon criou um mercado global para entregas de livros, enquanto o Facebook e outros sites criaram um mercado de mídia social que não existia antes.

Ao mesmo tempo, os obstáculos aos negócios estão sendo removidos. Melhores comunicações e transporte, internet, novos sistemas globais de pagamento e o desmantelamento de barreiras comerciais facilitam o envolvimento em negócios internacionais. O mundo está se tornando mais interconectado.

O professor Liesch diz que as empresas precisam entender as implicações da nova economia mundial para suas próprias operações:

1. Mais opções para produção

Não importa quais sejam seus processos de produção, as chances são de que os mesmos recursos existam em outros lugares. Informe-se onde tais serviços estão localizados. Quão acessíveis eles são? Você poderia terceirizar a produção e reformular o seu negócio? Tenha em mente que muitas vezes há um custo entre o desejo de controlar a produção e o interesse em eficiência. No entanto, a terceirização não é a única opção – existem formas alternativas de envolvimento econômico internacional e mais serão criadas.

2. A chance de criar novos mercados

A nova economia mundial oferece muitas oportunidades para mentes inteligentes. Hoje em dia, não costuma ser a falta de capital que impede as pessoas de concretizar ideias. Os empreendedores têm o poder de criar novos mercados e, muitas vezes, isso requer muito pouco investimento.

3. Pequenas empresas podem pensar grande

O sucesso internacional não se limita mais aos grandes negócios. “As pequenas empresas podem ser tão internacionais quanto as grandes”, diz o professor Liesch. “Embora ainda tenhamos corporações multinacionais, haverá cada vez mais oportunidades para pequenas e médias empresas – o que é uma boa notícia para as economias locais, pois elas empregam mais pessoas.”

4. Um campo de jogo mais nivelado

O efeito democratizador da nova economia mundial significa que as oportunidades não se limitam às da ciência e da tecnologia. “Embora haja potencial para se desenvolver coisas, trata-se também de fazer melhor uso delas, fazer as coisas de uma maneira diferente que pode dar às empresas uma vantagem competitiva”, explica o professor Liesch. “Da mesma forma, as economias desenvolvidas não são mais o bastião de todas as coisas inovadoras – ideias brilhantes podem vir de qualquer lugar do mundo.”

5. Networks são importantes

Networks ajudam as empresas a conhecer o mercado e a serem conhecidas nele. As empresas precisam ter uma boa compreensão de suas próprias networks, mas também de networks periféricas devido às interconexões além de suas networks imediatas.

6. A cultura não é uma restrição

“As empresas não precisam falar a mesma língua e fazer negócios da mesma maneira”, diz o professor Liesch. “Embora as diferenças culturais sejam mais uma barreira para as empresas de consumo do que para os setores de negócios para empresas, qualquer empresa pode superá-las. Os gerentes não devem ser culturalmente cegos – mas, da mesma forma, não devem ser limitados pela cultura.”

7. Regionalização, não globalização

Falar de globalização pode dar uma ideia errada, pois as conexões entre empresas geralmente ocorrem em nível regional, e não global – por exemplo, empresas da UE que fazem negócios na UE ou empresas norte-americanas que fazem negócios no NAFTA. Pesquisas sobre o comportamento e os padrões comerciais das empresas da Fortune 500 revelam a regionalização na maioria dos setores da indústria. Tais conexões surgem por razões comerciais – acordos de livre comércio podem ser implementados posteriormente, mas somente quando as conexões iniciais forem feitas pelas empresas.

O professor Liesch acrescenta:

A internacionalização da produção está redefinindo a economia mundial moderna e apresentando novas possibilidades às empresas. Neste novo mundo, as empresas competirão em um pé de igualdade maior. As empresas inteligentes usarão suas ideias para obter vantagem competitiva e as limitações tradicionais, como tamanho ou setor, não as impedirão. O mercado mundial para transações de mercado é uma característica definidora de nossa economia mundial moderna.

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Se este conteúdo foi relevante para você e despertou interesse em falar mais sobre ele, sinta-se à vontade para refletir junto com nosso Cofundador e CPO da DIWE Eduardo Fonseca.

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